A Fantasia: Uma Terra que não conhece limites

A fantasia é, sem dúvida, um dos gêneros literários mais mágicos que existem. Ela nos convida a visitar mundos onde tudo é possível, onde dragões voam pelos céus, florestas escondem segredos milenares e heróis improváveis enfrentam o impossível.

Mas de onde vem toda essa magia? Como esse gênero nasceu e evoluiu até se tornar o que conhecemos hoje?

Neste post, vamos embarcar juntos em uma jornada pela história da fantasia – dos mitos antigos aos mundos criados por autores contemporâneos. E no final, você ainda leva 5 dicas práticas para começar a escrever sua própria história fantástica.


O Começo de Tudo: A Fantasia Nasce com a Humanidade

Antes de existir papel, tinta e livros, já existiam histórias. Contadas ao redor de fogueiras, passadas de geração em geração, essas narrativas buscavam explicar o mundo com aquilo que o coração humano entendia melhor: a imaginação.

Os mitos e lendas foram os primeiros passos da fantasia. Pense nos deuses gregos como Zeus, Poseidon e Hades, ou nas sagas nórdicas de Odin, Thor e Loki. Eram histórias que davam rosto e voz aos trovões, às estrelas e até à morte. Cada cultura criou seus próprios mundos fantásticos – ricos, profundos e cheios de significados.

Esses contos não eram apenas diversão: eram uma forma de entender o mundo, de passar adiante valores e de preservar tradições. E é exatamente isso que a fantasia faz até hoje.


Contos de Fadas e Fábulas: A Fantasia começa a ser escrita

Com o tempo, essas histórias começaram a ser escritas. E foi aí que surgiram os contos de fadas – curtos, simbólicos e muitas vezes sombrios. “Cinderela”, “João e Maria”, “Branca de Neve”… você deve conhecer essas versões mais leves, mas as histórias originais eram repletas de perigos e moralidades afiadas.

Já as fábulas, como as de Esopo, nos ensinavam lições de vida por meio de animais que falavam e pensavam como gente. Curta, direta e impactante – a fábula é o ancestral do microconto fantástico.

Essas histórias marcaram a transição entre o oral e o escrito, entre o popular e o literário. E abriram caminho para a fantasia moderna.


Fantasia Moderna

No século XIX e XX, com autores como J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis, a fantasia atingiu um novo patamar. Tolkien, com “O Senhor dos Anéis”, não apenas escreveu uma história épica: ele criou um mundo inteiro, com línguas, mapas e séculos de história própria. Era o nascimento da alta fantasia – aquela que se passa em universos totalmente independentes do nosso.

Desde então, a fantasia só cresceu. Ganhou subgêneros como:

  • Fantasia urbana (magia no mundo moderno);
  • Fantasia sombria (com temas adultos e psicológicos);
  • E até crossovers com ficção científica e realismo mágico.

Hoje, o gênero está por toda parte: em livros, séries, jogos e filmes. E segue nos encantando porque, mesmo sendo sobre mundos impossíveis, fala diretamente ao que há de mais real dentro de nós: nossos medos, sonhos e desejos.


Quer Escrever Fantasia? Aqui vão 5 Dicas Para Começar:

Escrever fantasia é como abrir um portal para outro mundo. Mas, para que esse mundo funcione e encante, é preciso mais do que ideias brilhantes – é preciso estrutura e planejamento. Vamos lá?

1. Crie um Mundo que Pareça Vivo

Não basta inventar um lugar cheio de castelos flutuantes e rios que correm para cima. Seu mundo precisa funcionar. Ele tem história, cultura, política, religião? Como as pessoas vivem ali?

💡 Dica: desenhe um mapa. Pense no clima, na geografia e como isso afeta quem vive ali. Imagine um feriado típico ou uma superstição local. São os detalhes que dão alma ao seu universo.


2. Regras Claras para a Magia

Magia ilimitada resolve tudo… e aí perde a graça. Toda boa história de fantasia tem regras mágicas que criam limites e consequências.

💡 Dica: a magia custa algo? Exige treino? Só funciona em certas condições? Regras bem definidas aumentam a tensão e tornam a trama mais envolvente.


3. Personagens com Alma

O que torna uma história memorável são seus personagens. E mesmo em mundos mágicos, os leitores se conectam com o que há de humano neles.

💡 Dica: defina desejos, medos e contradições. Um vilão que acredita estar fazendo o bem ou um herói que duvida de si mesmo são muito mais interessantes.


4. O Fantástico com os Pés no Real

Por mais surreal que seu mundo seja, ele precisa respeitar emoções reais. Amor, perda, amizade, inveja – são sentimentos universais.

💡 Dica: escolha um tema. Pode ser liberdade, ambição ou redenção. Use seu mundo fantástico como uma metáfora para explorá-lo.


5. Reescrever é Parte da Magia

Ninguém escreve uma fantasia épica de primeira. Revisar é onde sua história começa a brilhar.

💡 Dica: termine seu rascunho, deixe descansar por alguns dias e volte com olhos novos. Corte o que não funciona. Refine o que funciona. Reescrever é um ato de amor à sua própria criação.


Comece com Mini Contos Fantásticos

Quer uma boa maneira de praticar? Escreva mini contos de fantasia. Histórias curtas (às vezes com menos de mil palavras) que exploram uma ideia ou uma emoção.

Eles são perfeitos para testar ideias, praticar a escrita criativa e experimentar diferentes tipos de narrativas.

💡 Exercício: escreva um conto de 100 palavras sobre um mago que esqueceu o próprio nome. Pode parecer pouco, mas dá para criar algo poderoso e memorável.


Escrever Fantasia é Criar Sentido a Partir do Impossível

A fantasia é mais do que entretenimento. Ela nos ajuda a entender o mundo e a nós mesmos. Ao criar um universo próprio, você se junta a uma longa linhagem de contadores de histórias que, desde o início da humanidade, ousaram imaginar o impossível.

Então, se você sente aquela vontade de criar um mundo novo, não espere o momento perfeito. Pegue o que tiver à mão – um caderno, um bloco de notas no celular, ou até um guardanapo – e comece. Porque quando se trata de fantasia, a única regra verdadeira é: tudo é possível.

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